quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A ESCOLA DOS MEUS SONHOS

Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orleans e Bragança. Não sei por que, mas nunca mais me esqueci do nome inteiro da princesa Isabel. Entra ano, sai ano, e ele continua na minha cabeça. Pra que serve saber o nome todo da princesa Isabel? Pra nada. A não ser para dizer aos seus amigos que você o sabe ainda aos 44 anos, mesmo o tendo decorado aos 11. E por que o decorei? Sei lá. Lembro do nome inteiro da princesa Isabel, mas sou incapaz de me lembrar por que o tenho na cabeça. Coisinha ainda desconhecida esse nosso cérebro, não? Mas me lembro que foi na escola. Também sei ainda de cor algumas datas da História do Brasil, algumas capitais, a tabuada e, curiosamente, algumas palavras ainda flutuam em minha mente, completamente desvinculadas do seu significado. Logaritmo, por exemplo. Não tenho mais a menor ideia do que seja logaritmo.
Quando vejo agora meus pequenos às voltas com suas intermináveis lições, nunca deixo de pensar, muito secretamente, qual será a exata serventia de todas essas coisas que ainda se ensinam nas escolas. Sei que lá também se aprende regras de convivência, raciocínio lógico etc. e tal, mas será que não existem coisas mais “inesquecíveis por natureza” para ocupar, por exemplo, o lugar das cadeias de carbono e hidrogênio? Nunca vi serventia pra tal quebra-cabeça, a não ser aumentar minha preguiça à aula de Química. E quebra-cabeça por quebra-cabeça, um jogo de xadrez talvez ensinasse tanto quanto. É provável que existam pessoas que adoravam as aulas de Química, independente de, como eu, terem seguido carreiras bem distantes dos laboratórios, mas não consigo deixar de pensar que, se ensinassem Investigação de Pequenas Alegrias no lugar de Química, e deixassem a Química pra quem quisesse trabalhar com ela algum dia, o mundo seria melhor até pros químicos. Em vez de Química 3, apenas um ano de Química para conhecimento geral e vários anos de Exercício do Diálogo, por exemplo. Utopia. Mas que gostaríamos mais de ir à escola se nos ensinassem coisas que pudéssemos aplicar imediatamente em nosso dia a dia e durante toda a vida, lá isso é verdade. Simplesmente por necessidade, não deletaríamos instantaneamente de nossa memória o que tínhamos acabado de estudar pra prova. Provavelmente, nem estudaríamos pra prova.
Na escola dos meus sonhos, teria matemática para o raciocínio lógico, xadrez para o raciocínio projetado, esgrima para a leveza e rapidez dos reflexos, história contada em histórias, línguas, interpretação de texto, esportes, muitas idas ao teatro, ao cinema, literatura e arte em geral para a compreensão poética do mundo. Apenas um ou dois professores, muito bem preparados e que ganhassem muito, muito bem para levar nossos filhos a andar pela cidade visitando bairros, fábricas, hospitais, conhecendo profissões, observando e apreendendo o mundo. Duas vezes por semana, aula de Compreensão da Imperfeição Humana. Total utopia. Nossa bandeira leva até hoje um “Ordem e Progresso” retirado da linda frase da doutrina positivista: “O amor por princípio, a ordem como meio e o progresso por fim”. Simplesmente, um dia, alguém achou que não teria problema tirar o amor e deixar só o ordem e progresso. Talvez tenha sido até por falta de espaço. Tiraram “só” o amor! A frase positivista eu não aprendi na escola, mas sei nosso imenso hino de cor, quantas estrelas temos na bandeira e o nome da princesa Isabel. Ah! Na escola dos meus sonhos, teria também uma matéria chamada Amor por Princípio. Perdoem-me. Só utopia.
                                                                                                                   (Denise Fraga)

domingo, 11 de dezembro de 2011

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PROJETO DE RECUPERAÇÃO PARALELA

A recuperação paralela faz-se necessária porque é um dos mecanismos que oportunizam atender a diversidade de características e ritmos de aprendizagem dos educandos, levando em consideração o que os alunos sabem e o que ainda serão capazes de aprender, ver no saber e o não saber, momentos que dialogam na produção de novos e profundos conhecimentos.

OBJETIVOS
Garantir a todos os nossos alunos oportunidade de aprendizagem, redirecionando ações significativas e diversificadas de modo que as dificuldades diagnosticadas sejam superadas.
Oferecer atendimento individualizado, observando com mais detalhes as reais dificuldades de cada aluno.
Entusiasmar o corpo docente a desenvolver práticas pedagógicas atrativas, aproveitando diversos recursos e ambientes de aprendizagens para fomentar um trabalho de qualidade.
Encorajar os alunos ao redirecionamento de atitudes comportamentais que os impedem efetivamente de aprender.
Aproximar professor e aluno para a reconstrução de atitudes afetivas cotidianas.

ABRANGÊNCIA
Alunos com baixo desempenho.
INDICAÇÃO DO TRIMESTRE
1º, 2º e 3º trimestre.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Sugerimos a realização das aulas de maneira continua e processual no cotidiano letivo.

OFERTA
Reservar cerca de uma hora por dia da carga horária para dar atenção aos grupos que necessitam recuperar o ensino-aprendizagem.

AÇÕES
Conselho de classe;
Planejamento pedagógico;
Reunião junto às famílias de nossos alunos.

ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS UTILIZADAS
Identificar as dificuldades do aluno encaminhado à recuperação paralela e relacionar os conteúdos que serão trabalhados.
Organizar as turmas por série e nível de desempenho nas diferentes habilidades, os alunos com necessidades educacionais especiais, incluídos nesse processo.
Elaborar em conjunto com os professores as atividades utilizadas na recuperação paralela, bem como a organização dos livros, revistas, fotocópias e jogos pedagógicos.
Montar pasta portifólio para confrontar com o aluno o desenvolvimento de seu aprendizado, quando o aluno percebe, no concreto, a construção do conhecimento é estimulado a continuar aprendendo.
Trabalhar relações inter-pessoais, considerando levantamento feito com os professores, observamos que a maioria dos alunos indisciplinados, são os que têm notas abaixo da média desejada.
Explanar aos pais ou responsáveis a fundamental importância da família nesse contexto de aprendizagem.
Salientar a importância desse projeto, atribuindo responsabilidades, como por exemplo, a organização do aluno para que esteja na escola aos sábados.
Acompanhar as atividades desenvolvidas e providenciar reformulações quando necessárias.

RECURSOS HUMANOS NECESSÁRIOS
Extensão temporária de carga horária dos professores regentes de sala de aula e da equipe pedagógica envolvida neste projeto.

AVALIAÇÃO
Será acompanhado e registrado o desempenho de cada aluno no período desse projeto, bem como as atividades desenvolvidas como recursos pedagógicos reformuladas, se necessário.

REFERÊNCIAS
ESTEBAN, Maria Tereza. 1992. Não Saber/Ainda Não Saber/Já Saber: Pistas para a superação do fracasso.

PROJETO LER, REESCREVER E RECONTAR

Projeto interdisciplinar, envolvendo as disciplinas de Língua Portuguesa, Artes, Educação Física, Ensino Religioso, dentre outras.
BLOCO TEMÁTICO
Em Língua Portuguesa, têm por objetivo despertar o prazer de ler livros infantis (contos, fábulas, gibis, crônicas, artigos de jornais e revistas e outros) produção e confecção de livros infantis, convites.
Em Artes, trabalha a Interpretação através da dramatização das obras lidas, confecção de cenários para dramatização, cartazes, ilustração dos livros confeccionados e outros.
Em Educação Física vale-se de Coreografia das peças teatrais, expressão corporal, danças e outros.
Na disciplina de Ensino Religioso trata da diversidade cultural expressa pelo autor das obras; bem como, o respeito às diferenças de pensamento, considerando o EU como parte integrante da produção.
CONTEÚDO FOCO
O projeto visa resgatar as histórias contadas por nossos avós, estabelecendo uma mediação entre a escrita e a imaginação, incentivar o hábito de ler sem obrigação, mas sim por prazer, ampliar o vocabulário e utilizá-lo no cotidiano, conhecer as entrelinhas através da interpretação da idéia do autor.
SÉRIE A QUE SE DESTINA
O projeto é destinado a todas as séries desta Instituição de Ensino.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Despertar e conscientizar o aluno sobre a necessidade da leitura na sua formação enquanto aluno e cidadão, melhorando e ampliando seu vocabulário.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Despertar através da leitura o exercício de reflexão e descoberta da idéia central do texto;
Ampliar o vocabulário escrito e falado;
Desenvolver a sensibilidade do prazer e gosto da leitura diária;
Interpretar e dramatizar obras lidas;
Confeccionar e ilustrar livros produzidos pelo aluno;
Melhorar o desempenho nas disciplinas através da interpretação e compreensão dos fatos;
Incentivar a participação da família nas atividades de leitura, bem como a contribuição nas atividades propostas para leitura e pesquisa;
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
O projeto será desenvolvido por todos os alunos e profissionais da EEEF Jardim Feliz. Os professores participarão de duas oficinas (brinquedoteca e produção de texto), a ser custeado pelo PDE, e o estudo também fará parte deste projeto para que possa garantir o bom desenvolvimento deste. Os docentes trabalharão várias propostas com foco na leitura, reflexão, interpretação e dramatização, como por exemplo, produção de livros escritos pelos próprios alunos; ciranda de leitura; roda literária; dramatização de livros infantis; teatros de fantoches, e outros; vídeos, dentre outros.
RESULTADOS ESPERADOS
Apropriação do vocabulário;
Ampliação do número de leitores interessados pela biblioteca escolar;
Alunos melhor preparados para atividades que envolvam a leitura e interpretação de diversas disciplinas;
O projeto não terá um fim em si, é somente o início de um novo trabalho, para isso será realizada a culminância em três momentos durante o ano. Sendo um ao final de cada trimestre. Serão expostos todos os trabalhos realizados pelos alunos, bem como a apresentação de peças teatrais elaboradas e ensaiadas pela equipe discente e docente.
AVALIAÇÃO
A avaliação será constante durante todo o processo de execução e monitoramento do projeto, levando sempre em consideração os avanços individuais e coletivos, bem como a revisão da prática docente no decorrer do projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É através da leitura e da escrita que podemos nos relacionar com o outro e para que isso aconteça é preciso que existam coerência e coesão no texto, para que seja repassada a informação necessária. Assim sendo, a escola tem o papel fundamental na formação intelectual do ser humano. Nesse sentido, “Ensinar a ler é levar o aluno a reconhecer a necessidade de aprender a ler tudo o que já foi escrito, desde o letreiro do ônibus e os nomes das ruas, dos bancos, das casas comerciais, leituras fundamentais para sua sobrevivência e orientação numa civilização construída a partir da língua escrita”
REFERÊNCIAS
CONCEIÇÃO, Lara Bitencout Neves; SOUZA, Jusamara Vieira, SCHAFFER, Otero Neiva;

GUEDES, Paulo Coimbra; Klusener, Renita. (org.). Ler e escrever: Compromisso de todas as áreas. 6. ed. Porto Alegre: UFRG, 2004.
VILLARD, Raquel. Ensinando a gostar de ler e formando leitores para a vida inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark/Dunya, 1999.



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PROJETO CULTURAL DAS REGIÕES BRASILEIRAS


JUSTIFICATIVA
Na percepção do cotidiano escolar, verificamos que os nossos alunos não possuíam o pleno domínio dos conhecimentos sobre as regiões que formam o nosso país.
Estudar os costumes, as tradições das regiões brasileiras e conhecer a nós mesmos e ao nosso povo, é compreender nossa realidade e a pluralidade de hábitos que refletem na dança, nos instrumentos musicais, nas festas, nos jogos, nas religiões e cultos, nas artes, nas comidas, nas brincadeiras, nos mitos, nos pontos turísticos, no processo de colonização e outros.
A cultura é transmitida de pais para filhos, de geração após geração e é de grande relevância que os alunos conheçam e vivenciam a história e os hábitos do nosso povo.
Dessa forma, a nossa cultura popular, social, econômica, territorial merece ser estudada e aproveitada, sob todos os aspectos: intelectuais, artísticos, técnicos, recreativos; assim favorecer a aprendizagem, formar bons hábitos e atitudes, despertando sentimentos e emoção, entusiasmo e amor por nossa terra. Levar a conhecer os aspectos característicos de nosso povo e a preservar as nossas tradições.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS PRETENDIDOSCOM A EXPERIÊNCIA
CONCEITUAIS
Compreender como os aspectos (ou sistemas) naturais e humanos criam espaços e estruturas que formam uma totalidade.
Reconhecer e divulgar a cultura.
Conhecer os aspectos marcantes de cada região, a ocupação e a transformação desse espaço.

Conhecer as manifestações da cultura popular.
Conhecer a divisão do Brasil em cinco regiões administrativas proposta pelo IBGE.
PROCEDIMENTAIS
Observar imagens;
Ler mapas;
Estimular e desenvolver o hábito da pesquisa;
Incentivar o gosto pela leitura, escrita, arte, música e dança;
ATITUDINAIS
Interessar-se pelas diferentes manifestações culturais e regionais da população brasileira;
Ponderar sobre as diferenças regionais;
Trabalhar em grupo;
Desenvolver o processo de leitura e escrita;
Incentivar o gosto pela leitura, escrita, arte, música e dança;
Valorizar as culturas populares;
Preservar as tradições.
DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES
Este projeto foi desenvolvido de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola, no qual tem como princípio despertar a iniciativa, a responsabilidade, a consciência crítica do educando, capacitando-o para se adaptar, operar e transformar o mundo em que vive de maneira responsável e criativa. As ações foram desenvolvidas de acordo com as diversas áreas de conhecimento, utilizamos os materiais pedagógicos possíveis e os espaços disponíveis da nossa unidade de ensino. Dessa maneira iniciamos o trabalho da seguinte maneira:
Apresentamos aos alunos textos diversos sobre o tema;
Realizamos pesquisas diversas na internet, em livros e com a família;
Fizemos entrevistas sobre os costumes e tradições com os familiares;
Reescrevemos lendas e mitos;
Confeccionamos brinquedos e instrumentos musicais que retratam a região estudada;
Músicas;
Danças típicas;
Hábitos alimentares das regiões;
Murais.
REGIÕES ESTUDADAS E SEUS GRUPOS
O 1º ano realizou o trabalho sobre a região Norte do Brasil;
A 2ª série realizou o trabalho sobre a região Nordeste do Brasil;
O 2º ano realizou o trabalho sobre a região Sudeste do Brasil;
A 3ª série realizou o trabalho sobre a região Centro-Oeste do Brasil;
A 4ª série realizou o trabalho sobre a região Sul do Brasil.
ÁREA DE LINGUAGENS E CÓDIGOS
Os professores desta área trabalharam de forma transdisciplinar de maneira a aguçar o interesse dos alunos em pesquisa sobre o tema. Os alunos foram levados a conhecer as diversas manifestações nos diferentes tipos de linguagens, como a corporal, a visual, a sonora, dentre outras, de cada região brasileira.
Os gêneros literários, artísticos, corpóreos, gestuais e sonoros, também foram evidenciados, até mesmo para que os alunos verificassem a existência de ouras formas de linguagem existente, além da escrita.
ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
Nesta área os professores consideraram as comidas típicas de cada região, ressaltando a importância do valor nutritivo dos alimentos para a nossa saúde, bem como a quantidade necessária que deve ser ingerida a cada dia.
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS
Foi de ampla importância o estudo desta área de conhecimento, pois foram trabalhadas as relações sociais de cada povo representado pelas regiões brasileiras, os seus costumes, as suas lendas, as suas religiões e os seus mitos.
ESPAÇOS DISONÍVEIS
Salas de aula;
Laboratório de informática.
Pátio;
Refeitório.
MATERIAIS UTILIZADOS
Livros;
Revistas;
Computadores;
Vídeos;
Data-show.
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
O processo avaliativo foi realizado durante a execução do projeto de forma descritiva e contínua em que tanto o corpo docente, quanto o discente puderam ser avaliados.
As equipes escolares, após a culminância das atividades, reuniram-se para avaliar todos os pontos positivos e negativos que ocorreram durante a execução do projeto.
Ressaltamos que segundo Haydth, “A avaliação é um processo contínuo e sistemático. Portanto, ela não pode ser esporádica nem improvisada, mas, ao contrário, deve ser constante e planejada”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na culminância, os grupos apresentaram as características sócio-culturais de cada região, como: pratos típicos, literatura, costumes, festas, danças típicas, lendas e folclore. Com isso, ampliaram os conhecimentos sobre a formação do nosso país, bem como o respeito e valor de cada povo que compõem as regiões brasileiras e predominantemente trabalhado o respeito pelas diferenças observadas na singularidade de cada povo.